Ô peão


Primeiro morreram-lhe o empreito e o cavalo, agora matam-lhe a choupana e o respeito. Pois que sertão não são as aroeiras e gabirobas, mas sim as raízes do pensar que transcende o próprio peão, na sua parte de elo da corrente invicta desde o Padre Feijó. São as encruzilhadas que formam o sertão, cruzadas por peões que em círculos trotam para dele nunca sair. 

Este peão aqui, reto decidiu adiante ir.

Amigo de Sesfredo e Fafafa meia légua adiante mora. Meia que ligeiro se vence, à trinta não tarda estará. Violeiro de querer-muito, sem cordas sempre sons tinou na imaginação. Air-violeiro embora se vai, porque viola sua não toca mais "Caminheiro" nem "Fogão de lenha". Agora é peão sem sertão.

A fogueira, a noite

Redes no galpão

O paiero, a moda

O mate, a prosa

A saga, a sina

O causo e onça

Tem mais não

Ô peão

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